terça-feira, 25 de julho de 2017

Silêncio

Tudo que eu queria agora
era uma luz na janela
o silêncio do meu canto
uma xícara grande de capuccino
com pouca canela e sabor manhã

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Cura

Enquanto a alma precisar de amor
estaremos todos um tanto doentes
O amor de amigo, de irmã, de mar
amor de rio, de lugar, admiração,
inspiração, tantas coisas traduzidas
em amor
E tanto amor, que o peito preenchido
ganha fôlego para seguir, em meio à
lutas, guerras, racismo, machismo,
misogenia, injustiças e o tanto de ruim
que tem no mundo
E que mundo bonito da gota, viu!
cheio de sorrisos de cantos, de delicadeza
de respiros, feijões, catados de siri, ventos frios
rio, céu, mato, amig@s, irmãos, famílias
entrelaçadas, guiadas, estruturas básicas,
para fortalecer meu calcanhar cansado.

sábado, 15 de julho de 2017

Fica do meu lado até o sol chegar!

Fica só esperar o sol, chega só esperar o sol
Fica do meu lado até o sol chegar!
(Flora Matos)

... Espero o sol e espero você. Fica!
Posso te aquecer como sol
Te fazer feliz
E diferente do sol,
nunca ir embora.

Fica! Fica, porque com ou sem sol
o seu amor é o que mais me aquece
e entre rap e rimas, do seu lado
era onde eu queria está.

Volta aqui!

Poderia de dizer tanto em poesias
mas a correria não nos deixa
E talvez seja só minha carência
ou os corticoides que venho tomando
ou talvez a sinusite que me faça te querer mais perto
Ou talvez não, seja algo continuo e impossível de mudar
Ou possamos mudar, podemos até tentar
E as entrelinhas com certeza dirão mais
que as próprias palavras despejadas em versos
muitas vezes sem sentido, mas com um sentimento
tão peculiar e presente
E entre palavras não rimadas ou
frases não continuadas
Sempre que quiser me reencontrar
volte aqui.

"As vezes é preciso recolher-se", diz Lya Luft e concordo.


É preciso recolher-se para se redescobrir, volta a si e relembrar do amor próprio, amor sóbrio. E tão preciso é repensar, pensamentos vão e vem e o acontecido já não volta mais. Vontade de mais, um pouco mais da liberdade, essa que aprisionada comigo olha da janela o voo dos pássaros, voos rasos e quando parados, o seu cantar. Quero voar ao invés de recolher, escrever ao invés de esquecer, e amar sem medos. Complicado, não?!

Mãe

Tantas palavras e mãos
E mães e palavras
Tão poucos faladas
Resumidas no Te amo.

E amo
E tantas coisas mais...

Falando sério, queria está agora abraçada contigo. Te amo e seria mentira dizer que outra pessoa poderia tomar o seu lugar, pois sinceramente não há. O seu cuidado é tão desigual, mas as vezes me sufoca. O seu jeito de me proteger é tão lindo, mas as vezes passa da conta. Queria seu amor e aceitação independente de qualquer coisa, porque te aceito assim e assim também te amo. Queria seu cuidado sem jogar na minha cara todos os conselhos dados, pois eu lembro de todos eles. Te amo e tenho tanto de ti, te amo e nesse exato momento não queria nada além de poder te sentir. E choro, choro pelos segundos perdidos ao seu lado, segundos desperdiçados e que arrependimentos teremos quando não estivermos mais lado a lado. Choro, porque dentro de todas as situações de desespero o seu abraço foi sempre o mais confortante, aquele que me levantava e dizia para seguir. E segui, segui e a minha luta é pelo seu exemplo, minha mãe.


Você!

E nos dias frios alguém para te aquecer, amanhecer e amar.

Aversas

Natureza profana
Ama gritar alto
Aos berros implica
Agita e clama.
Natureza dura
Surda e muda
Parece diamante
Bruto, bruta.

Gritos mudos

Minha poesia grita e parece querer chorar, se derrama entre os farrapos e pedaços que me restam. É a loucura diária que consome até a última gota, energias, anseios, desejos e se esvai, sai, despeja e somente almeja o cair do corpo , e o descansar do espirito. Espirito ávido, alegre, não o deixe que escorregue, levante e se carregue.

...

Onde chega incomoda. Preto, vadio, não deveria esta ocupando este lugar. É o que eles acham, comentam e fomentam com os olhos. Irís malditas e cortantes, me sinto tão invadida. Tão triste e militante ao mesmo tempo. E a necessidade de não se esconder se faz presente a todo instante em mim. Tento com um sorriso, mudar qualquer espécie de estranhamento, mas o mesmo persiste, aflige, feri e provoca. O mais bem sucedido, o branco... Ocupa, empurra, grita e deixa ao meu lado o banco vazio. Negra, mulher, guerreira, filha e fruto de Deus.
E dentro das variadas situações
Me permito mais passos
Pegadas,  cruzadas
Uma sorte

Desentupidor de palavras

Daquele tipo de feminista
Que não dê muito palpite masculino
Felino e o sangue escorre a boca
Independente, sei perceber o que vem na minha frente.
Mente, frente, atualizada
Inspirada, instigada
Mulher doce, salgada
Agridoce por vida.
Azeda por vezes
Alegre na maior parte
Arte me move, envolve
Respeito sua opinião
Até quando respeita meu espaço.
Porque se não invado, e como oceano sou
Sem muitos nós, voz
Grito alto, esbravejo
E inquieta ponho tudo
Vá para lá e para cá, só não me tire do lugar.

Deixa!

E na boa, deixa o meu samba te levar...
Levantar seu sorriso, te carregar
Revirar sua cabeça, te arrepiar.

Entre saudades e vontades

As sacanas
Tardes frias
E luas cheias
Suspiros e piro.
E sem nem querer respirar
Me arrasto em saudades
Me perco nas vontades

Bossas!

Ao som da bossa, penso
em prosa e faço poesia.
Minha mais linda e leve
Cheia de encantos e certezas.
E como Shirlei que sou
Olhos molham e sinto
Um certo aperto, saudade
Aquela que me acordou e
Colocou para dormir todos
dias aqui.
Foram poucos, mas tudo
Me lembrou e me fez
Querer está contigo,
E o meu sorriso, frio na barriga
Ao voltar para casa
Só reafirma isso.
É contigo e com nossos filhos
Que quero construir, planejar
E realizar.
Sonhos e sonhos que
Sei não ser só meu
Ou seu, pois nossa individual
Felicidade, nos completa.
Ser feliz contigo é o que
Importa meu amor,
E suspiro, porque és amor.

E não mudou...

Sabe o que me mata,
Sua frieza, não ouvi seu boa noite
Não poder te acordar com um telefone
Essa distância, essa sensação do desconhecido.
E sinto tanto, como nunca senti antes
E nunca doeu tanto, e me pergunto porque justamente agora,
agora que estávamos no nosso melhor momento
Nos amando como nunca, nos doando como nunca.
Queria poder gritar e isso também me DOÍ tanto, pois o meu choro reprimido
Me mata cada vez mais e aos pouquinhos
Não consigo dormir, penso em VOCÊ a cada instante e sofro por parcelas
Sinto por inteiro e me perco no pensar
Queria mesmo era rebubinar, voltar a fita
E não precisar passar por isso.
Algo insignificante estragou o que de mais importante tenho agora em minha vida, 
e não precisava passar por isso para ter essa certeza.
O nosso amor da sentido a tantas coisas
Sabor e cor ao mundo tão nosso
Oh meu amor, não sei como será daqui para frente, mas meu amor, 
esse não mudará em nenhum instante por ti.
Não mudará, nunca mudará.

Defeito de fábrica

Nascida menina
Falante e retada
Moleca atrevida
Vezes isolada.
Amarga, amada
Chorosa e ingênua
Repentina menina

Tão noite

E leve como uma brisa... Passou!
Suspirou, cheirou, sacudiu e balançou
Remexeu, mexeu e estremeceu
E se foi no breu
Minha noite.

Espiando

Pela fresta da minha janela
Te vejo linda e bela
Nua, lua, nossa noite.

Quem disse?

Quem disse que a gente aprendeu amar?! Não entendi ainda quem, só sei que essa overdose desenfreada de declarações são muitas vezes controversas a ações. Parem! Observem mais um pouco e tentem entender o que realmente o amor, sem se desesperar ao perceber que não sabe amar ninguém. Sinto isso neste instante e parece que muito tempo tentei fugir do meu grande e lindo amor, que parece hipócrita, mas sou eu mesma. Me xinguei, briguei, me confundi, ri em cair em mim e quando parecia falar do mundo, era em mim mesma que estava desacreditando. Me recuperei, esforcei, descansei, talvez agora esteja percebendo um pouco mais o quão sou incrível e o quanto posso fazer por mim e pelos outros. Outros que também são meus, meus queridos amigos, irmãos, companheiros que podem mudar e melhorar o mundo. Eu posso mais.

Detox

Se tudo fosse alimentação, até que seria mais fácil, mas não, a dieta detox está na relação de energias e relação entre pessoas que não nos faz bem. É importante deixar, quando não se pode mudar. Talvez aí esteja o pulo do gato. É necessário ter sabedoria para saber o momento certo, e ter sim cuidado no entrar e sair, cuidado com o manejar, olhar, dialogar, e entre tantos cuidados, cuide primeiro de si. Dos fluidos que chegam a ti, dessas diversas energias, entraves, frias que podem está somente a te sugar. Cuidado com o andar, mas busque força para parar, quando essa for, a melhor e maior opção.

Attraversiamo

E essa palavra nunca teve tanto significado para mim.
A travessia parece o momento árduo
e doloroso, pelo qual não queria passar agora.
Não tenho estrutura emocional, fisica e mental para o instante, e mesmo assim preciso passar.
Me sinto cansada, mesmo sem fazer nada e isso é por um instante algo que não consigo controlar.
Não está no controle é algo tão complicado para mim.
Sinto falta da vida que estava começando a criar, sinto falta de quem estava me tornando e de como estava me cuidando.
Sinto tanto e dói tanto, que é uma mistura de sentimentos.

Sinto tanto...

E quando o mundo parece cair
Tudo sucumbir
Os planos traçados terem fim
E o amor esvair
Só fica a dor, dor e nada mais
Tanta dor que pareço morrer
Um pedaço meu se vai
Um pedaço seu em mim
Meu amor, te quero tanto bem
Mas do que tudo nessa vida
Te quero tanto meu bem
E hoje só sinto dor
Minha cabeça, olhos, corpo
Doi por completo e sinto tanto
Sinto por não te ter comigo
Sinto por vc está longe de mim.
Viva a mulher preta...
E diante tantos trancos e barrancos
Sobrevivemos nessa selva branca
Selva de dogmas, crenças, ódio e rancor
E como se o título mulher não bastasse
Somos nós a base da pirâmide da Sociedade
Minha sonoridade é seletiva, na aflita guerra pela sobrevivência, quero de mim cuidar, e mesmo achando um pouco controversa essa fala, a sinto de forma real.
Somos pretas, mas por muitas vezes, não temos os mesmos pensamentos.
A vida segue e nos colocamos por diversas vezes como inimigas de nós mesmas.
Inconstantes e não amantes, somos o retrato perfeito, do que os brancos pensam de nós.

Entra pedaços e farrapos

Mantendo a fortaleza de dentro de mim
Essa que parece querer fugir
Cair em si, e Djavan volta a mente
Inquieta entre o sol e o poente
Busco o resto de mim
Encontro sorrisos, abraços
Beijos, afagos, me encontro
Remonto meu modo de sentir
E sinto mais, cada olhar, despertar
E até os abraços não dados, sinto
Reflito, contemplo.

Fora de mim

Como uma estranha dentro de mim
Meus sentidos estão bagunçados
Mas sinto de forma muito intensa tudo
Perco passo e pareço ainda mais atenta
Não estou, é só minha vontade querendo gritar mais alto.
Faço as coisas no automático, desacelero, paro, me deito, e tento lembrar se deixei tudo no lugar.
Sinto o raio solar, mas não corro para rua
Prefiro a quietude do dia, e minha cabeça um turbilhão vazio.
Estranha como outro ser, talvez um mais sincero talvez.
Estranha e cheia de receios, do toque ao olhar desconfiada.
Estranha e tão eu ao mesmo tempo, raciocino lento, mas consigo ligar as coisas.
Ligar e me desligar, pelo menos por um instante.
E entre instantes distantes busco a definição de mim.
Certa de que um dia encontrarei.