segunda-feira, 20 de julho de 2015

Isca

A vida é feito uma faísca cujo o vento pode passar e apagar. Cinzas dela, transformar. Flores murchar. Céu nublado ficar e entre nuvens lágrimas brotar. Gotas pesadas, tristes e desconsoladas, sem chão, sem nada. Lágrimas desesperadas, amoras abandonadas. Nos seus leitos, na vida, no seu reduto de amor, cultivado a carinho pelo tempo.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Um agora, nestante, talvez...

Doce, amarga
Por vezes azeda
Simpática
Irônica, sarcástica.

Antártica, fria
Cubo de gelo
Mentira!
Esguia, menina.

Mole como a Maria
Açucarada a se desfazer
Em lágrimas, risadas
As vezes de fachada.

Controvérsia!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Mais um desabafo...

Minha negritude escorre pelos poros
Ao ver meu irmão preto, sacar uma arma
Me pegar na marra e levar meu suor mensal
Penso no puto sistema burlado
Tudo virado de cabeça para baixo
Quem me estendia a mão agora é inimigo
E não vacile, se não é bala na boca e ouvido
Grito alto e o meu pranto abafado
Ecoa surdo dentro de mim
Me indigno, xingo, mas ainda quero lutar por esse país.
Quero com palavras, levar esperança
E quem sabe mudar o futuro das minhas crianças.
Ver meu irmão bem de vida, comida e a família
Não precisar roubar nem matar para sobreviver
Ver as pretas crianças na escola, buscando nos livros, a motivação para vencer
Querer, crescer, desenvolver e replantar essa sementinha
Florescer novas Marias, Mateus, Meninas e Meninos
Frutos de um novo país!