segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

[Não deixe que a vida te atropele]

A vida diariamente se apresenta como um trem em alta velocidade, as vezes sem estações para parada, e é nesse momento que temos três opções:

1. Olhamos a passagem dela como passageiros a espera no ponto;
2. Seguimos dentro do trem, pois em algum momento onde a velocidade foi reduzida conseguimos entrar;
3. Nos jogamos no trem independente da velocidade dele, assim como os meninos na minha adolescência “pongavam” no buzu.

É isso... sobre a velocidade entendo o agora, a sua urgência e a nossas crises de ansiedade sobre o amanhã tão incerto. Sobre o trem e a vida é literal, ela nos transporta entre o passado e o futuro, as vezes na velocidade da luz, pelo menos parece. Mas ela não te transporta sozinho, estamos entre família, parentes, amigos e desconhecidos.

A vida é um transporte veloz, que nem sempre para (nos dá tempo de respirar), e fala mais sobre relações, do que qualquer outra coisa. É sobre um olhar, uma fala, sobre amor e desprendimento, a vida atropela mesmo quando não passa por cima de nós, ela atropela quando não conseguimos entender o nosso lugar nela, o nosso caminhar. Ela nos atropela, quando estáticos seguimos sem nos posicionar, sem alertar, sem dialogar ou apertar o botão de parada.

Ah! Tinha esquecido de falar, ela tem esse botão, tipo aquele da saída de emergência, e que pouquíssimas vezes utilizamos, afinal somos os fodões fortes, incríveis, já fazemos terapia, exercícios e blá, blá, blá, nada.

Nada mesmo! Você piscou e a vida já passou, passou enquanto escrevo, passou no último suspiro da vizinha, no não, no sim, passou mesmo sem você dizer nada ou perceber, e se a vida fala sobre relações, ela fala muito, mas muito mesmo sobre você e como você olha e vive ela. Então se está dentro ou fora do trem, observa qual a melhor forma de seguir, dentro do que espera para o seu futuro, porque ele pode ser o seu próximo ponto.