sábado, 16 de dezembro de 2017
Paciência
Ou seriam os ritmos descompassados
entre o agir, sentir e pensar
porque algo nas entrelinhas parece
escorregar, não raigar e se manter
e o esperar prolongado embaralha o juízo
que de aflito, não se comporta paciente
talvez arte de signo ou coisa assim
sou sei que a paciência não mora em mim.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Ises
Financeira, política, estadual, municipal, familiares, relacionais, fraternas, paternais, entre classes sociais, grupos irmãos, segmentos de mesmo objetivos, dos ismos, cinismo, machismo, racismo, sexismo,
E também das ites, rinites, sinusites, labirintite, e das dade, idade, ansiedade... Crises!
Terapia (pausa)
Acho que devo voltar a terapia
Horas de pausa, auto-cuidado
Preciso pensar mais no meu lado
Pensar em mim, está certas de determinadas coisas
Me pertencer de variadas formas
Reviver diante das adversidades
e quantas adversidades
Falar sem ser julgada
Ouvir e ficar um pouco calada
Respirar e não pirar
Preciso me reinventar
Tomar as rédeas
Tomar a cena
Reconfigurar o jogo
Preciso reaprender a jogar
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Crise
Fome demasiada
Tempo desperdiçado
Dores por todo corpo
Agonia, distração
Irritabilidade, agressividade
Choro, dores, dores e mais dores
Excessos, abscessos
Isolamento, não cuidado
Desleixo, falta de vontade
Insônia, dores, acúmulo
O não executar, o não fazer
Nuca, braços, pernas, cabeça,
Dores, solidão, improdutividade
Crise de ansiedade!
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Novidade
o frescor da manhã
a conversa longa do dia
o bom dia mais gostoso e quente
Queria ser seu sorriso alento
a qualquer hora
o bip do celular,
que aquece o coração
e o correr das horas sem dizer não
Queria ser a sua novidade
ter um olhar a decifrar
um sorriso e beijo para roubar
e parecer não ser sua
para a busca diária
ser rompantes de excitação
Queria ser, e é só você deixar
fazer poesias e melodias novas
mudar nossa rotina, fazer dela prosa
esquecer um pouco o trabalho
e viver momentos só de amor
Vamos ser novidade?
terça-feira, 25 de julho de 2017
Silêncio
era uma luz na janela
o silêncio do meu canto
uma xícara grande de capuccino
com pouca canela e sabor manhã
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Cura
estaremos todos um tanto doentes
O amor de amigo, de irmã, de mar
amor de rio, de lugar, admiração,
inspiração, tantas coisas traduzidas
em amor
E tanto amor, que o peito preenchido
ganha fôlego para seguir, em meio à
lutas, guerras, racismo, machismo,
misogenia, injustiças e o tanto de ruim
que tem no mundo
E que mundo bonito da gota, viu!
cheio de sorrisos de cantos, de delicadeza
de respiros, feijões, catados de siri, ventos frios
rio, céu, mato, amig@s, irmãos, famílias
entrelaçadas, guiadas, estruturas básicas,
para fortalecer meu calcanhar cansado.
sábado, 15 de julho de 2017
Fica do meu lado até o sol chegar!
Fica do meu lado até o sol chegar!
(Flora Matos)
... Espero o sol e espero você. Fica!
Posso te aquecer como sol
Te fazer feliz
E diferente do sol,
nunca ir embora.
Fica! Fica, porque com ou sem sol
o seu amor é o que mais me aquece
e entre rap e rimas, do seu lado
era onde eu queria está.
Volta aqui!
mas a correria não nos deixa
E talvez seja só minha carência
ou os corticoides que venho tomando
ou talvez a sinusite que me faça te querer mais perto
Ou talvez não, seja algo continuo e impossível de mudar
Ou possamos mudar, podemos até tentar
E as entrelinhas com certeza dirão mais
que as próprias palavras despejadas em versos
muitas vezes sem sentido, mas com um sentimento
tão peculiar e presente
E entre palavras não rimadas ou
frases não continuadas
Sempre que quiser me reencontrar
volte aqui.
"As vezes é preciso recolher-se", diz Lya Luft e concordo.
É preciso recolher-se para se redescobrir, volta a si e relembrar do amor próprio, amor sóbrio. E tão preciso é repensar, pensamentos vão e vem e o acontecido já não volta mais. Vontade de mais, um pouco mais da liberdade, essa que aprisionada comigo olha da janela o voo dos pássaros, voos rasos e quando parados, o seu cantar. Quero voar ao invés de recolher, escrever ao invés de esquecer, e amar sem medos. Complicado, não?!
Mãe
E mães e palavras
Tão poucos faladas
Resumidas no Te amo.
E amo
E tantas coisas mais...
Falando sério, queria está agora abraçada contigo. Te amo e seria mentira dizer que outra pessoa poderia tomar o seu lugar, pois sinceramente não há. O seu cuidado é tão desigual, mas as vezes me sufoca. O seu jeito de me proteger é tão lindo, mas as vezes passa da conta. Queria seu amor e aceitação independente de qualquer coisa, porque te aceito assim e assim também te amo. Queria seu cuidado sem jogar na minha cara todos os conselhos dados, pois eu lembro de todos eles. Te amo e tenho tanto de ti, te amo e nesse exato momento não queria nada além de poder te sentir. E choro, choro pelos segundos perdidos ao seu lado, segundos desperdiçados e que arrependimentos teremos quando não estivermos mais lado a lado. Choro, porque dentro de todas as situações de desespero o seu abraço foi sempre o mais confortante, aquele que me levantava e dizia para seguir. E segui, segui e a minha luta é pelo seu exemplo, minha mãe.
Aversas
Ama gritar alto
Aos berros implica
Agita e clama.
Surda e muda
Parece diamante
Bruto, bruta.
Gritos mudos
...
Desentupidor de palavras
Que não dê muito palpite masculino
Felino e o sangue escorre a boca
Independente, sei perceber o que vem na minha frente.
Inspirada, instigada
Mulher doce, salgada
Agridoce por vida.
Alegre na maior parte
Arte me move, envolve
Respeito sua opinião
Até quando respeita meu espaço.
Sem muitos nós, voz
Grito alto, esbravejo
E inquieta ponho tudo
Vá para lá e para cá, só não me tire do lugar.
Deixa!
Revirar sua cabeça, te arrepiar.
Entre saudades e vontades
Tardes frias
E luas cheias
Suspiros e piro.
Me arrasto em saudades
Me perco nas vontades
Bossas!
em prosa e faço poesia.
Minha mais linda e leve
Cheia de encantos e certezas.
Olhos molham e sinto
Um certo aperto, saudade
Aquela que me acordou e
Colocou para dormir todos
dias aqui.
Me lembrou e me fez
Querer está contigo,
E o meu sorriso, frio na barriga
Ao voltar para casa
Só reafirma isso.
Que quero construir, planejar
E realizar.
Sei não ser só meu
Ou seu, pois nossa individual
Felicidade, nos completa.
Importa meu amor,
E suspiro, porque és amor.
E não mudou...
Sua frieza, não ouvi seu boa noite
Não poder te acordar com um telefone
Essa distância, essa sensação do desconhecido.
E nunca doeu tanto, e me pergunto porque justamente agora,
agora que estávamos no nosso melhor momento
Nos amando como nunca, nos doando como nunca.
Me mata cada vez mais e aos pouquinhos
Não consigo dormir, penso em VOCÊ a cada instante e sofro por parcelas
Sinto por inteiro e me perco no pensar
Queria mesmo era rebubinar, voltar a fita
E não precisar passar por isso.
O nosso amor da sentido a tantas coisas
Sabor e cor ao mundo tão nosso
Não mudará, nunca mudará.
Defeito de fábrica
Falante e retada
Moleca atrevida
Vezes isolada.
Chorosa e ingênua
Repentina menina
Tão noite
Suspirou, cheirou, sacudiu e balançou
Remexeu, mexeu e estremeceu
E se foi no breu
Minha noite.
Quem disse?
Detox
Attraversiamo
A travessia parece o momento árduo
e doloroso, pelo qual não queria passar agora.
Não tenho estrutura emocional, fisica e mental para o instante, e mesmo assim preciso passar.
Me sinto cansada, mesmo sem fazer nada e isso é por um instante algo que não consigo controlar.
Não está no controle é algo tão complicado para mim.
Sinto falta da vida que estava começando a criar, sinto falta de quem estava me tornando e de como estava me cuidando.
Sinto tanto e dói tanto, que é uma mistura de sentimentos.
Sinto tanto...
Tudo sucumbir
Os planos traçados terem fim
E o amor esvair
Tanta dor que pareço morrer
Um pedaço meu se vai
Um pedaço seu em mim
Mas do que tudo nessa vida
Te quero tanto meu bem
E hoje só sinto dor
Doi por completo e sinto tanto
Sinto por não te ter comigo
Sinto por vc está longe de mim.
E diante tantos trancos e barrancos
Sobrevivemos nessa selva branca
Selva de dogmas, crenças, ódio e rancor
E como se o título mulher não bastasse
Somos nós a base da pirâmide da Sociedade
Somos pretas, mas por muitas vezes, não temos os mesmos pensamentos.
A vida segue e nos colocamos por diversas vezes como inimigas de nós mesmas.
Inconstantes e não amantes, somos o retrato perfeito, do que os brancos pensam de nós.
Entra pedaços e farrapos
Essa que parece querer fugir
Cair em si, e Djavan volta a mente
Inquieta entre o sol e o poente
Busco o resto de mim
Encontro sorrisos, abraços
Beijos, afagos, me encontro
Remonto meu modo de sentir
E sinto mais, cada olhar, despertar
E até os abraços não dados, sinto
Reflito, contemplo.
Fora de mim
Meus sentidos estão bagunçados
Mas sinto de forma muito intensa tudo
Perco passo e pareço ainda mais atenta
Não estou, é só minha vontade querendo gritar mais alto.
Faço as coisas no automático, desacelero, paro, me deito, e tento lembrar se deixei tudo no lugar.
Sinto o raio solar, mas não corro para rua
Prefiro a quietude do dia, e minha cabeça um turbilhão vazio.
Estranha como outro ser, talvez um mais sincero talvez.
Estranha e cheia de receios, do toque ao olhar desconfiada.
Estranha e tão eu ao mesmo tempo, raciocino lento, mas consigo ligar as coisas.
Ligar e me desligar, pelo menos por um instante.
E entre instantes distantes busco a definição de mim.
Certa de que um dia encontrarei.