quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Como a lua ao anoitecer

Previsíveis são homens,
Nos trejeitos, jeitos,
Viradas, olhadas, piscadas,
Moscadas e mais olhadas
Assédios, suas chamadas
Cantadas.

E como se loucas fossemos,
Fugimos não perceber,
Rimos alto, refletimos
E alguns momentos,
Caímos nos gritos, brigamos
Até xingamos, e homens
Continuam a ser.

Previsíveis até nas desculpas
E no jeito meigo do retorno,
Suborno, e lesadas seguimos
Ou não, nesse par de vãos.
Sigamos, entre risos e gritos,
Mulheres espertas, sensitivas,
Ariscas, imprevisíveis, sensíveis.

domingo, 3 de julho de 2016

Nuvens

Todo mundo deveria ter uma nuvem
Sua sombra e tranqüilidade que aparentemente parece nublar o dia, mas diferentemente não o modifica.
Algo passageiro, ligeiro, um momento tranqüilo a sós, ou dentro de nós de bem querer.

domingo, 29 de maio de 2016

A derradeira!

Última semana
O corpo não aguenta mais
O sono quer me derrubar
A Cabeça explodir
O mundo sacode
Tanta coisa acontecendo
Quanta dor e tormento
Resta alguns dias
Mais suor e agonia
Tremor, medos
Anseios, receios
Freio, descanso rápido
Respiro fundo e sigo
Nasci para correr com vida
Para pensar depois da lida
Lutar e atingir, emergir
Preta que sou, crescer e florir.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Minha cor

Preta toda
De alma, de cor
Sinto a dor
Desconforto diário
Não vejo pretos espaços
Nem espaços de pretos
Descor, descolorido
Branco alcalino
E não me vejo
Mulher e preta.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Desacelerada!

Sigo tranqüila
Com o coração desperto e encorajado
Ancorado no agora e feliz
Um tanto Narciso, meu eu
Um tanto saudoso, sem meu

Sigo e a vida me segue
Mais branda e serena
Com passadas desaceleradas

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Arranha céu

Enquanto mar, transbordo
A bordo de mim
Navio sem âncora
Imensidão.

Entre Drão e trovão
Me reviro em luas
Sou de fases, faces
Agora triste.

Entre barraventos e pararaios
Sinto-me arranha céu
Perco a mão, risco o chão
Jogo minha pipa no ar
Vôo com ela.

domingo, 31 de janeiro de 2016

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Meu tanto

O muito de mim
Calado, sombrio
De pavio curto
Vira e mexe, reflete.

Entre estresses
Buscas, loucuras
Resmungos
Silêncio emburrado

Grita alto, abafado
O dia que não quer ter
Esbraveja e veja
As coisas estão no mesmo lugar

Um dia deita sobre o outro
Ao amanhecer pode ensolarar
Espera o dia acabar menina
A mulher vai despertar.