quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Alento

... Sentir saudades
do cheiro, abraço, sussurro
Sentir vontade e a vontade
para deixar minha paixão derramar em seus braços.

... Sentir saudades amor,
sentir o arrepio na espinha
o frio na barriga
e conter o grito abafado das batidas do meu coração.

... Sentir viva, felina
ofegante,
sem precisar do vermelho nas unhas, na boca.

Quero mais um dose de Jazz, gelo e de petisco: Nostalgia.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Raiz Quadrada do Nascer

Mais complicada que a matemática
A olho da fresta da janela
E ela passa tão rápido que nem dá para apreciar
Vida
Entre números e dicas,
Entre sonhos e realidades.
No final nem se sabe quem viveu de verdade.
Entre tropeços e acertos
Entre o cair e o levantar
Já passou da hora de aprendermos a caminhar
Com os nossos próprios passos e pernas
E trilhar nossos errantes caminhos.
Vida e anos
dias que rapidamente passam
dias que poucas vezes sabemos escolher.

Custava me avisar... 
as quatros operações eu tiro de letra, de número.
Já a vida...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Limitados

Um ano em 9:30... Sala fria, chocolates, água, terços, orações ou canções. Pensamentos barulhentos e tenho a impressão de consegui ouvi-los, estranho hein?! Estranho é você tentar compactar 365 dias em 9:30, e mais do que estranho parece impossível, Senhor Enem. Fisionomias preocupadas, cansadas e duvidosas do que leem, escrevem ou pelo que nunca viram na vida, e o pavor muitas vezes é percebido, faz lembrar o exame de sangue na infância.


Agora a espera de resultados que mudam vidas, famílias, rotinas, seguem 4,175 milhões de brasileiros com suas vidas corridas. E a 120 km/h o noticiário do dia nos prega uma peça: "Pai ao voltar da formatura da filha sofre acidente fatal", essa que havia finalizado mais um ciclo de resultados e comemorava, agora chora. Enquanto  aproximadamente 4,175 milhões escrevem sobre a Lei Seca, 40.000milhões/ano morrem em acidentes de carro, e muitos destes o fator álcool está presente.
... e depois desse parágrafo, afirmaria-se normalmente: - Ele dirigia embriagado.
Não. Ele não dirigiria embriagado - é o que confirma as reportagens-. Então nos deparamos com a pergunta: O que poderia resultado neste brutal acidente?! Talvez presa ou sono, uma distração ou solidão, e tantos talvez não nos leva a concretas respostas.

E mais perguntas me surgem à mente. Será que estamos todos doentes, dentro desse louco sistema?! Acredito que seja uma sensata forma de pensar. Doentes e apressados, doentes e fadigados, e diante de tantas demandas e responsabilidades deixando de lado, junto com os livros empoeirados nossas emoções, sensações, amores e temores. Doentes ao ponto de não percebermos os nossos próprios limites psicológicos e físicos, afinal somos todos limitados e não parte de uma visão pessimista esta afirmação. E a tarefa mais árdua também nos cabe, que é a de perceber e valorizar os sinais dados pelo o nosso incrível organismo, com ou sem a necessidade de exames, crises ou acidentes.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Velhos achados

 Poesia fria

costurada a linha
sem nenhuma anestesia.

Dor fria, da abstinência
de letras, de palavras
vivo então a correr
atrás de versos prontos
para construir a novidade.

Quero saudade, encontro,
amor e vontade, verdade
e parece que a dificuldade
inspira a algumas melancolias,
fria, canto no canto.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Cara de Domingo

Um acordar preguiçoso junto com a vontade de não fazer nada o resto do dia. O almoço em família, a saída com o namorado, o bate papo com as amigas, a atividade atrasada da faculdade e vinte e quatro horas. Poucas horas, não?! E tantas coisas para administrar. A aplicação para conseguir agradar a todos - como nem Jesus conseguiu -,tem sido grande, mas tem sido uma missão quase impossível. E ontem tive ao olhar em seus olhos, a vontade de te pedir em casamento e transbordar todos dias de amor.
Começo de Domingo, resto de sábado e muitos pensamentos.

sábado, 12 de outubro de 2013

Pintura escrita

Cor
pirulito, salgadinho, tricô
sapatinho na janela
esperando a flor.

Cor
papai noel, chapéu
bruxa, bicho papão
medos, preguiças.

Cor
sonhos, nuvens
algodão doce, maçã do amor
balões, bichinhos.

Cor
lembra crianças, sonhos
esperanças, doces
brincadeiras, brinquedos
nosso arco-iris.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Tarde

Fim de tarde,
cheio de sons, cores e dores de alguns também.
Verdades não ditas ou ocultadas,
deixadas para outra oportunidade, outro
Fim de tarde.


Saudades, vontades, realidades diversas
engarrafadas, risadas, faladas e outro
pôr-do-sol.


domingo, 11 de agosto de 2013

Toque de poesia

Entre as estrelinhas há sempre um querer de quem quer mais que escrever, quer tocar.

Diário

Diária decisão, emoção, contraversão
nossa loucura de sobreviver e 
djavanear o anoitecer.

Ser permissivo e ao mesmo tempo
omisso do destino, tino de cada dia, 
cada hora, que demora a passar 
e
implora pelo recitar, cantar dos pássaros, 
o balanço das arvores e o nada que nunca é,
nada
então 
no mar 
poesia.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

E nada mais

Controversas, o destino prega peças.
Inverte e lentamente corta a mente.
Aos pedaços, embaralho, remonto, conto.
Sondo, sendo destino.

De Luas e Sonhos

Céu, seu breu. 
Me faz pensar em quantas luas. 
Nua irei passar, deitar e viver sonhos. 
Compartilhados, aguardando a espera do momento.
Certo da certeza do amor.

Flor de Cheiro

Cheiro Flor. 
Brinco de amor. 
Na escorregadeira rotina vida. 
Flor, cheirosa e manhosa. 
Tira do orvalho o gosto rosa-jambo. 
Flor, degusto sua companhia. 
Noite ou inteiro dia, no baile dos ventos. 
Lento Brisa. 
Forte ventania.

domingo, 7 de julho de 2013

Concerto para a alma - Alma calma

Consertos
acertos
erros
os mesmos.

Concertos

certos
cobertos
acordes

E a alma parece adormecer.

Eterno Instante - Concerto para a Alma

E quão profundo mar, 
me assusta navegar
até a primeira onda chegar aos pés.

Profundo, frio azul

me acalma o olhar
mas me assusta navegar.

E mais uma onda

pulo, pulo, pulo
e ainda me assusta navegar.

Respeito o vento

peito sem alento
cruzo o seu mar
com desejo de em paz te amar.


domingo, 23 de junho de 2013

Tarde Blues

Gosto do azul e também do blues
da cor, da melodia
do balanço do dia
e da calmaria do mar

Gosto do dançar das nuvens

e da admiração da lua 
observadora e calada, 
aparentemente fria, sombria,
amiga dos lobos.

Gosto dela cheia, vaidosa

gosto da noite, mesmo escrevendo de dia
gosto do frio, que suplica o abraço
gosto do sereno e
do blues que agora me inspira.




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Leve Doçura


Doce pureza, minha reza seja também sua,
lua testemunha, a favor de mim,
que de tão pequenina salvo a proferir poesia,

dentro do dia.

Pobre céu

Pobre de estrelas, negro céu.
Da boca, olho e procuro constelações.
Três marias, irmãs, vizinhas.
Contam segredos da lua, para a rua
e sorriem sozinhos.
Entrelinhas, sinais de estrelas, outros céus,

céus de boca, de lua, de sonhos.

Inquietação

Prioridade, cidades, idades, verdades e mentiras.
Ditas, ditadas,  impostas e pagas em forma de impostos.
Postos de faísca, explodem todos os meses em nossas mãos.

A não! Anão! Quero ser pequenino de novo  e só impor de brincadeira.

Telhado de chuva


Céu de telhado, telhado molhado
Molhado de chuva, miado de gato.
Cobertor, cobre amor, cobre dor,
Cobre mim, cobre- me, cobre si.
Se quiser vou te da essa mar de azul,

Vou cantar tudo blue.

Inocente olhar

No olhar inocente,
Somos retrato de verdade,  amor, união, singularidade fibrante.
No olhar inocente,
Somos diferentes, curiosidade, intrigantes, também inocentes,

Ou só um foco de olhar.