Onde é sempre Outono
onde o vento frio bate na nuca
e a realidade perversa te dá bom dia
onde o sol aparece para aquecer
mas a noite fria insiste
em te mostrar é a vida é
pura ventania
onde ser mulher negra
é está na beira
da violência
da morte
da solidão
e entre tiros, facadas
muros e pesadas
feminicídios tiram
sonhos, planos
seguimos sem futuro
sem chão, esperando
que o amanhã seja o
presente, onde vivas
seguimos em luta.
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