quinta-feira, 5 de junho de 2014

A única certeza

O fechar dos olhos, o frigir dos ovos e uma vida outrora findada. Agora instalada a saudade maldosa que com um dedo pesado aperta o peito. Uma pontinha de medo, e aquela lembrança dos bons e belos momentos, alento meu é saber que estas bem e descansado. Meu pranto é de ausência, ausência sua no meu convívio, pois o seu amor me fazia bem, tão bem. E agora não posso mais te beijar, cheirar-lhe o cangote e dizer o quanto esta bonito e com a barba lisinha e macia como bumbum de neném. E agora não poderá mais me levar no altar no dia do meu casamento, aquele passeio de carro e a agua de coco tivemos que cancelar. Agora não vou ver mais aquele biquinho de choro, quando estava emocionado, nem ouvi aquela alta e longa gargalhada. Agora você só me deixou as lembranças e a promessa de que viveria até 100 anos, e quase viveu. Viveu e se fez história, ficou na vida e na memória e nas minhas poesias molhadas de saudade. Dorme meu menino, meu Ar-Lindo que te cantarei em versos.

Um comentário:

  1. Poema "lindo". Íntimo, profundo, sensível nas palavras e intenso no sentimento! Certamente motivado por emoções que não se explicam por palavras.

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