segunda-feira, 10 de março de 2014

Entrelinhas

Tente ler as minhas
Pareço eu me desconhecer
E dentro da intimidade do conhecer
Só me resta pedir para que tente ler

Dentro de estranha e dualismo
A um pouco do meu agora
Mas dentro de dois anos
A um tudo meu que parece
Querer ir embora

Não deixa!
Entre as linhas a bem mais
Mais de mim do que eu mesma
E mais que minhas palavras

Quero sentir tudo de novo
E não sou só
Sentir o vento, o alento
A leveza e ser a sanjeva
Do rio vermelho escuro

Me ler, me escreve
Não quero esse livro pronto
Que parece tomar forma em mim
Não quero o clichê massivo e ruim

Quero aquela novidade que você era para mim
E eu para ti
Aquela fresca e doce novidade
A grata surpresa de beleza poética
Que transcendia o explicar.

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